Marc Chagall "La Danse"
Agora eu só ouço o barulho dos meus passos secos enquanto caminho nesse lugar úmido e estranho. Umidade e estranheza: um resumo da vida? Quem sou eu para responder: só um entre tantos. Só um.
Por hoje sei que caminho e meus pés pisam em coisas vivas, quentes, pulsantes e essas coisas, cada uma delas – e são milhares – guardam mundos insondáveis e fascinantes.
Agora eu só ouço o barulho dos meus passos secos enquanto caminho nesse lugar úmido e estranho. Umidade e estranheza: um resumo da vida? Quem sou eu para responder: só um entre tantos. Só um.
Por hoje sei que caminho e meus pés pisam em coisas vivas, quentes, pulsantes e essas coisas, cada uma delas – e são milhares – guardam mundos insondáveis e fascinantes.
Faço parte destas coisas todas: sou como elas e esta certeza me assusta e me atrai.
É....?
Há um mundo sob meus pés, um mundo ao meu redor, sou parte de tudo e sigo. E o barulho dos meus passos ecoa no escuro da noite, eu não disse, mas é noite; uma noite escura mas clara; uma noite fechada em seu negror mas com clareiras de lua aqui e ali, há espirais de luminosidade se alongando no meio do mato, por entre as frondosas árvores e em meio aos caminhos que aos poucos, vão se abrindo.
É tão bonita esta noite. Eu nunca quis tanto viver como estou querendo agora, enquanto caminho dentro dessa noite. Sou eu, andando comigo; eu seguindo comigo mesma como quase nunca sigo...e por isso eu não me assusto; eu não temo nada...Nada.
Quando cheguei à praça antiga em frente à casa enorme e cinza, percebi que havia pessoas, muitas; inúmeras, várias e percebi que eu conhecia todas aquelas pessoas. Cada uma delas guardava uma memória minha, algo do que fui estava com aquelas pessoas ou, muito do que fui estava com aquelas pessoas. Havia um banco dentro do coreto, havia borboletas gigantescas e aves coloridas e as pessoas passando de um lado para outro e eu apenas me sentei no banco para vê-las passar. Eu apenas as observava...aquela mulher, eu a conheci há alguns anos e sua loucura – eu me lembro – feria como faca afiada a alma de todos os que conviviam com ela; mas agora , ela sorri. Ou talvez ela ainda esteja com a faca afiada entre as mãos, mas eu não a temo; sei que ela nunca poderá me ferir; não aqui nesse lugar, aqui não...
É....?
Há um mundo sob meus pés, um mundo ao meu redor, sou parte de tudo e sigo. E o barulho dos meus passos ecoa no escuro da noite, eu não disse, mas é noite; uma noite escura mas clara; uma noite fechada em seu negror mas com clareiras de lua aqui e ali, há espirais de luminosidade se alongando no meio do mato, por entre as frondosas árvores e em meio aos caminhos que aos poucos, vão se abrindo.
É tão bonita esta noite. Eu nunca quis tanto viver como estou querendo agora, enquanto caminho dentro dessa noite. Sou eu, andando comigo; eu seguindo comigo mesma como quase nunca sigo...e por isso eu não me assusto; eu não temo nada...Nada.
Quando cheguei à praça antiga em frente à casa enorme e cinza, percebi que havia pessoas, muitas; inúmeras, várias e percebi que eu conhecia todas aquelas pessoas. Cada uma delas guardava uma memória minha, algo do que fui estava com aquelas pessoas ou, muito do que fui estava com aquelas pessoas. Havia um banco dentro do coreto, havia borboletas gigantescas e aves coloridas e as pessoas passando de um lado para outro e eu apenas me sentei no banco para vê-las passar. Eu apenas as observava...aquela mulher, eu a conheci há alguns anos e sua loucura – eu me lembro – feria como faca afiada a alma de todos os que conviviam com ela; mas agora , ela sorri. Ou talvez ela ainda esteja com a faca afiada entre as mãos, mas eu não a temo; sei que ela nunca poderá me ferir; não aqui nesse lugar, aqui não...
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